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Uber: O MP3 da vez

A internet não é novidade para ninguém. Ninguém entra mais na internet, simplesmente estamos na internet. A internet não tem forma, modelo ou regra a ser seguida e justamente por isso, ela é a maior responsável por revolucionar rapidamente mercados, levando empreendedores anônimos a modificarem setores obsoletos.

A bola da vez neste cenário de luta sem propósito é a Uber, que vem recebendo críticas, manifestações contrárias e agressões de seus concorrentes, os taxistas.

Táxis x Uber

Para quem ainda não conhece a Uber, a empresa entrou no mercado para disputar o espaço com os táxis, que vinham usufruindo sozinhos deste setor, até então sem um concorrente direto. Como em qualquer mercado sem concorrentes, os taxistas vinham se acomodando e utilizando veículos em péssimas condições de conservação e higiene, praticando a cobrança do “tiro” (corrida de valor fechado, sem ligar o taxímetro), tendo como prática arredondar o troco para cima e ainda, tratando os clientes com um mal humor que lhes rendeu o título de pior serviço do Rio de Janeiro.

Com um mercado cheio de falhas e uma incrível demanda de potenciais clientes insatisfeitos, a Uber cresceu rapidamente.

Para quem testou o serviço, a diferença é sentida logo no início:

  • Carros novos, limpos e todos com ar condicionado (Sim, existem muitos táxis rodando sem ar condicionado).
  • Carros divididos em 2 categorias de conforto e preços: UberX e UberBlack.
  • Motoristas claramente treinados, seguindo a mesma rotina e perfil de atendimento.
  • Motorista selecionados cuidadosamente, com processo seletivo que exige certidão de antecedentes criminais, exames psicotécnicos e avaliação de um psicólogo.
  • Carros com seguro obrigatório que abrange o passageiro.
  • Preços consideravelmente mais baixos do que os cobrados pelo serviço de táxi (mesmo no UberBlack).
  • Controle de qualidade do motorista levado a sério pela Uber, que expulsa sem dó os motoristas que não respeitam o padrão de qualidade da empresa.

A principal reclamação dos taxistas é que a Uber vem praticando a atividade sem a regulamentação e pagamento de impostos devidos, mas muitos alegam outros pontos sem coerência, como taxar os motoristas da Uber de vagabundos e pertencentes a uma “nova máfia“.

O vídeo abaixo mostra a falta de bom senso e a falta de argumentos válidos por alguns taxistas nesta disputa táxis x Uber.

Enquanto um lado combate com violência, o outro parece usar a calma e a inteligência. Um exemplo de combate inteligente nesta disputa são as promoções de viagens gratuitas concedidas pela Uber. Enquanto os taxistas promovem diversas paralisações no país, prejudicando seus clientes, acabam dando um fatal tiro duplo no pé, pois abrem caminho para a Uber lançar promoções concedendo viagens gratuitas nos dias das paralisações dos táxis. No fim, quem ganha o amor dos consumidores?

Por que os taxistas não aprenderam com o passado? 

Basta uma breve análise no passado recente para aprender que lutar contra a escolha do consumidor é uma luta perdida.

No início deste século vimos gigantes da industria fonográfica desesperados ao notar que seus rios de dinheiro estavam secando com a pirataria de músicas. Cegos de ódio, tentaram proibir o uso e distribuição de músicas em MP3, atacando o Napster como o grande vilão e ameaçando quem baixasse ou distribuísse músicas pela internet. Enquanto as gravadoras passavam vergonha perante aos adolescentes que continuavam baixando suas músicas, havia alguém assistindo a tudo isso e buscando uma forma inteligente de ganhar dinheiro com o novo cenário que se configurava. Esse alguém era ninguém menos que Steve Jobs (CEO da Apple), que lançou a venda de músicas por $0,99 com o iTunes. Em um cenário onde as pessoas baixavam música de graça a partir do download ilegal, o iTunes vendeu um milhão de downloads na primeira semana e rapidamente se tornou a maior loja online de música, ultrapassando o Walmart e a Best Buy (maior loja de música nos EUA). Com isso, ficou comprovado que uma grande parcela dos consumidores não buscavam música grátis, e sim uma forma justa de adquirir suas canções prediletas.

Citando Darwin:

Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças“.

Uma luz no fim do túnel 

Já vimos essa disputa entre um cego e um revolucionário em diversos mercados. O cenário é sempre o mesmo: A luta se estende por anos, o antigo modelo se revolta e sem uma estratégia inteligente para combater o novo concorrente, acaba se autodestruíndo, prejudicando a sua própria imagem e involuntariamente fortalecendo o novo modelo de negócios que buscava combater.

A luz no fim do túnel para os taxistas é óbvia: Parem de pensar somente no espaço que estão perdendo e pensem nos motivos que fizeram os seus clientes migrarem para a Uber. Corrijam as suas falhas, expulsem os taxistas ruins e cresçam como empresários.

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